quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Show da Mariana Aydar Domingo dia 20 de Outubro

O que te guia? Inspiração, medo ou vontade, sempre há o que nos move, sempre há o que nos surge para indicar caminhos ou possibilidades, como se por além de nós, essencialmente íntimo.

No caso de Mariana Aydar, guiada pela intuição, as vontades essenciais para seu terceiro disco eram várias, que surgiam e se somavam em realizações: gravar ao vivo, buscar origens e ao mesmo tempo olhar pra frente, aprofundar no lado rítmico afrobrasileiro, trazer pra perto uma certa tradição nordestina sem clichês, montar a melhor banda do mundo. O resultado, Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo, é o que pode ser chamado seu álbum mais pessoal, amplo de ideias e bem realizado em sons.

A Saga do Cavaleiro é sugerir e guiar, passar e inspirar. Mariana ouviu e criou seu disco mais artesanal, cheio de mistérios, afromântrico. Não tem manual, não é uma homenagem a tradições, cada um de nós tem seu próprio Cavaleiro Selvagem. É uma busca a algo maior pela música, pela expressão, pela soma. O caminho é pessoal a cada participante e ouvinte e se é universal é pelo ímpeto artístico. O coração sente e derrama vida. E fim.

Show: Mariana Aydar
Data: 20 de Outubro (Domingo)
Horário: a partir das 14h
Local: Área de shows

Mariana Aydar

“A música é minha redenção e minha rendição.”
Criada no ambiente artístico, Mariana sempre teve a música bastante presente como fonte de expressão e liberdade. Uma espécie de conexão com o que não tem palavras, uma expressão quase osmótica, sem regras. “Desde pequena sabia que gostaria de estar perto do palco. Atrás, na frente ou em cima. Aprendi muito só observando”, lembra ela, “Na minha casa o som era bem variado. Ouvia de tudo.

Aos 20 anos descobriu que toda sua bagagem era uma desculpa para fazer o que mais gostava: cantar. Em 2000, aos 20 anos, começou a cantar profissionalmente como backing vocal do violeiro Miltinho Edilberto, cujo repertório era basicamente de forró. Logo depois, comandou sua primeira banda, Caruá, também de forró, durante três anos. Neste período, teve a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música popular brasileira, como Dominguinhos e Elba Ramalho. Foi também backing vocal no trio elétrico de Daniela Mercury, no carnaval de 2004. Em paralelo, integrava a banda do compositor paulistano Dante Ozzetti.

Aos 24 anos, se viu num impasse: ou continuava o trabalho com a Caruá e gravava o primeiro disco da banda ou procuraria o que realmente espelhasse a variedade de sua musicalidade. Com um disco demo embaixo do braço, foi morar fora do Brasil, sozinha, para buscar novas referências.

Optou por Paris pela efervescência cultural e percebeu ter feito a escolha certa. “Lá conheci músicas e músicos do mundo inteiro: africanos, asiáticos, franceses; foi um ano de amadurecimento pessoal e, consequentemente, musical”. Observar o Brasil com um olhar estrangeiro foi muito importante para sua formação. Se já era apaixonada pela música brasileira, se deu conta do valor do tesouro cultural que tinha em volta de si, desde criança. “Os estrangeiros sabem reconhecer a nossa cultura, muitas vezes mais do que nós mesmos”.

Ainda em Paris, fez a curadoria de programa de televisão brasileiro, onde recebia discos de todo o Brasil, percebendo concretamente, à distância, um movimento cultural contemporâneo que acontecia em seu país. Então sentiu-se pronta e inspirada para voltar e gravar o seu primeiro álbum juntando as influências colecionadas ao longo da sua vida e da vivência no exterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário